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quinta-feira, 14 de abril de 2011

A educação que queremosPDFImprimirE-mail

Campanha visa ampliar ensino em 50% até 2016 e não 2020 como quer o governo

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação defende a ampliação progressiva do investimento em educação pública, chegando a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015 e, no mínimo, 10% do PIB em 2020. Já a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) sustentam que a aplicação deve chegar a 7% do PIB "de forma imediata" e alcançar 10% já em 2014.

Recentemente, a CNTE apresentou emenda para universalizar o Ensino Fundamental de nove anos para toda população de seis a 14 anos até 2016, o governo trabalha com o prazo de 2020.

"Não adianta ter metas ousadas, é preciso que a gente ouse, se não garantirmos o financiamento para a realização dessas metas", pondera a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), uma das integrantes da comissão. "Queremos promover o debate em busca de ajuste entre as demandas da sociedade civil."

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o texto encaminhado pelo Executivo representa um bom ponto de partida, mas ainda precisa de aperfeiçoamentos. "Há a intenção de melhorar a educação, mas só de boas intenções o mundo não vive", disse Leão. "A proposta é tímida

para as necessidades do Brasil, que necessita de um investimento maior para crescer de maneira sustentável", acrescentou. Estimativas oficiais mostram que o plano implicará investimentos de R$ 80 bilhões nos próximos dez anos.

OUTRAS SUGESTÕES

Enquanto o governo fala em "ampliar" até 2020 a oferta de educação infantil para atender a 50% da população de até 3 anos, a UNE e a Ubes defendem a universalização dessa oferta no mesmo período.

A CNTE apresentou emenda para universalizar o Ensino Fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos até 2016, o governo trabalha com o prazo de 2020.

"Não comparo o Brasil com Coreia ou outros países, até porque a realidade de cada um é diferente, mas essas nações chegaram onde chegaram porque, em determinados momentos, investiu-se maciçamente em educação", ressalta Leão, da CNTE. "A Coreia vivia um atraso educacional gigantesco, decidiu aplicar 14% do PIB em Educação e superou isso", emendou.

SAIBA +

A Semana De Ação Mundial 2011 ocorrerá de 02 a 08 de maio, com o "Diferenças sim! Desigualdades Não!" A Semana de Ação Mundial (SAM) é uma iniciativa da Campanha Global pela Educação (GCE) que desde 2003 acontece simultaneamente em mais de 100 países como uma grande pressão internacional sobre líderes e políticos para que cumpram os tratados e as leis nacionais e internacionais, com destaque para o Programa de Educação para Todos. No Brasil, a Semana é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Fonte: Jornal de Brasília, 11/04/2011
 

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